sábado, 18 de julho de 2009

Sustentabilidade

Autor de “A Revolução Decisiva – Como Indivíduos e Organizações Trabalham em Parceria para Criar um Mundo Sustentável”, Peter Senge não gosta do termo sustentabilidade. Isso ele fez questão de deixar claro em palestra ministrada para 500 pessoas, a convite do Grupo Santander, em São Paulo.

Na opinião do professor do MIT, a sustentabilidade desperta medo nas pessoas. Na análise de Senge, o medo assusta e imobiliza. Mas não necessariamente induz à mudança. Para mudar, os indivíduos precisam se sentir emocionalmente parte do processo. E a conexão será tanto mais forte quanto mais intensos e claros forem os sentimentos positivos envolvidos. Parece retórico, mas não é.

O que motiva a empresa, em torno de ousadas metas verdes, não é o medo de viver num mundo insustentável em que as pessoas repudiem tênis feitos com uso intensivo de derivados de petróleo. Mas a alegria de inventar a melhor solução, de se antecipar á concorrência e de participar da criação de um futuro sustentável. Segundo Senge, a alegria produz ambiente favorável ao engajamento, à colaboração e à criatividade.

* Ricardo Voltolini é publisher da revista Ideia Socioambiental e diretor da consultoria Ideia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade. 15/06/09